quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Nada de gás de pimenta ou balas de borracha... a "moda" lá são os jatos de água...

Chile – Copa América




Esqueça a Fan Fest lotada, filas para entrar, inúmeras pessoas do lado e muita animação... a versão chilena em nada lembrava os espaços que aglomeraram multidões na praia de Copacabana, no centro de São Paulo ou em outras capitais do Brasil.  A área oficial festiva de Santiago ficava dentro de um Shopping, afastada do centro da cidade e ainda por cima foi determinada a proibição de bebida alcoólica no local, assim, em plena partida entre Argentina e Uruguai, o lugar estava cheio... cheio de espaços vazios. Nenhuma pessoa na área popular e uma meia dúzia, provavelmente entediada, na “área vip”.


                                                                Área VIP

                                                    Telão e vista da área popular


Os estádios estavam cheios, nas partidas mais esperadas, como a do Brasil e Colômbia, na qual nossa rival, também amarelinha, venceu. No entanto, grande parte dos torcedores presentes eram chilenos.





O bairro de Bellavista concentrava torcedores, separados entre os mais contidos e avessos a barulho no Pátio Bellavista - espécie de galeria com restaurantes e bares mais refinados, enquanto os mais fanáticos disputavam um lugar nos poucos bares com telão ao longo da rua ... Grupinhos dos diferentes países concorrentes podiam ser vistos, mas nada como as imensas caravanas de argentinos, colombianos e chilenos que tomaram conta do Brasil um ano atrás. 



Bar em Bellavista


Nos dias das partidas com participação e vitória do Chile é que a cidade realmente ganhava ares de campeonato, com as mesmas ruas lotadas de nativos dentro e nas portas dos bares. E a todo momento escutava-se o famoso coro que tomou conta do Brasil em 2014: "Chi,chi,chi, le, le, le. Viva Chile!". 
Após o encerramento da partida, os torcedores formavam um imenso bloco em direção à Plaza Itália, onde a festa regada a cerveja vendida por ambulantes (em um país onde teoricamente não se pode beber na rua) durou até o início da madrugada, quando o frio ganhou força diante de inúmeros jatos de água que chegavam por todos os cantos, fazendo a multidão correr, num misto de susto e riso.  
Levar um jato frio da polícia quando a temperatura está abaixo dos 10 graus não é algo muito prazeroso, mas a situação não deixa de ser engraçada e sem dúvida muito melhor do que pensar na possibilidade de ser atingido por gás de pimenta ou balas de borracha... 



Fotos Creuza Gravina

Nenhum comentário:

Postar um comentário